OPEN DAY ECP - Soluções para a cerâmica

O setor da cerâmica e cristalaria português viveu um momento histórico com a apresentação do primeiro forno pré-industrial contínuo e híbrido desenvolvido em Portugal – e, segundo os responsáveis, também inédito a nível mundial.

O equipamento (PPS 3 - Forno de rolos) foi desenvolvido no âmbito da Agenda Mobilizadora Ecocerâmica e Cristalaria de Portugal (ECP), financiada pelo PRR – Plano de Recuperação e Resiliência / Next Generation EU, e constitui um marco estratégico para a inovação, sustentabilidade e transição energética da indústria.

A cerimónia de apresentação, realizada no CTCV – Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro, reuniu representantes institucionais, parceiros industriais e entidades financiadoras.

Para o presidente do conselho de administração do CTCV, Jorge Marques dos Santos, o novo forno é “um marco para a indústria cerâmica nacional, demonstrando, sem margem para dúvidas, a inovação e o pioneirismo da tecnologia portuguesa, na Europa e no mundo. Permite-nos antecipar o futuro e responder aos desafios da descarbonização, com soluções viáveis e competitivas para as empresas.

Também o presidente do IAPMEI, José Pulido Valente, sublinhou os resultados alcançados: “Passados três anos, podemos afirmar que os objetivos das Agendas Mobilizadoras foram alcançados. O que se viu aqui hoje prova a capacidade empreendedora das empresas portuguesas: quando lhes damos meios e confiança, elas respondem com mais ambição e inovação.

Na mesma linha, o presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR, Pedro Dominguinhos, destacou que o programa “trouxe uma nova cultura: não falamos apenas em execução financeira, mas em resultados concretos – novos produtos, processos e serviços. O exemplo deste forno mostra como a colaboração entre empresas, centros tecnológicos e instituições públicas está a transformar setores inteiros.

Já o administrador da Vista Alegre Atlantis e líder da agenda ECP, Teodorico Pais, reforçou o caráter coletivo do projeto: “Este marco é, acima de tudo, o reflexo da dedicação das equipas envolvidas.

O novo forno pré-industrial contínuo e híbrido foi concebido para funcionar com diferentes vetores energéticos – gás natural, hidrogénio, misturas de gases e eletricidade – possibilitando às empresas testar, em condições reais e à escala semi-industrial, os impactos técnicos e económicos da transição energética.

Com este avanço, a indústria portuguesa da cerâmica reforça a sua posição na linha da frente da descarbonização e inovação industrial, afirmando-se como referência internacional.

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